Sábado, 11 de Agosto de 2012, 01:31
É tempo de
jogos olímpicos. Quatro anos de prática e treinos para competir contra o resto
do mundo na mais emblemática competição que reúne todas as modalidades
possíveis e imaginárias consideradas desporto, e golfe. Tempo de alargar os
limites da velocidade, flexibilidade, resistência, força e talento humano.
Tempo de fazer com que o nosso nome fique para a história. Tempo de receber um
bonito bouquet de flores.
Pois é
verdade, já passaram 4 anos desde que os chineses se tornaram campeões
olímpicos em cerimónias de abertura e, como país líder de irrealização de
expectativas, Portugal não conseguiu medalhas em tudo o que participou.
Conseguiu uma. Porém, contrariamente ao que parece, a nossa participação não
foi uma desilusão. Atingimos lugares de respeito e classificações inesperadas.
Muito devido ao facto de a maioria não saber que os desportos em questão existiam
quando mais que participavam portugueses.
Um facto
curioso é o que podemos concluir ao observar as modalidades onde portugueses alcançaram
feitos valorosos. Desde o recorde nacional em natação, à 8ª posição de pares
masculinos em vela, passando pela 6ª posição nos pares femininos de canoagem e
a passagem à final dos singulares desta mesma modalidade, terminando na medalha
de prata em canoagem (pares masculinos), não se pode deixar escapar as
evidentes similaridades entre estas modalidades – são todas disputadas em água.
Estou
convencido de que, se os jogos olímpicos já existissem no século XV, o Vasco da
Gama e o Pedro Álvares Cabral garantir-nos-iam duas bonitas medalhas de ouro. E
que tal uma espécie de 4X100 milhas náuticas com Gil Eanes, Bartolomeu Dias,
Pedro Álvares Cabral e Vasco da Gama? Outra medalha de ouro garantida, claro,
com a desclassificação óbvia, dos jogos, de Cristóvão Colombo, por desvio da
rota e da meta. Portanto não me admiram nada os feitos portugueses em Londres.
O legado dos nossos antepassados corre-nos nas veias e a prova está à vista de
todos.
Tirando isto
que boas prestações temos? Ténis de mesa. Por isso é que proponho tornar a
sueca uma modalidade olímpica. E se o “curling” é uma modalidade dos jogos
olímpicos de inverno, porque não o é também a “petanca” nestes? Bolas, querem
medalhas, mas faltam-nos os desportos em que somos bons! Contudo, um momento de
reflexão para como o “curling” é considerado desporto olímpico.
Devemos estar
também orgulhosos nas nossas senhoras que parecem estar a dar tantas ou
melhores cartas que os nossos homens e é bom ver como cada vez mais as mulheres
provam ser capazes de disputar qualquer desporto para homens e se tornam
igualmente grandes atletas. Até se tornar difícil às vezes distingui-los…
Homens ou
mulheres, todos lutam por uma medalha. E por um magnífico ramo de flores.
Gostava de saber o que fazem às flores. Deixam-nas murchar? Quer dizer,
competem para ser o(a) melhor do mundo e para receber o tão desejado ramo de
flores, posam para a fotografia com o famoso ritual de morder a medalha, na
brincadeira de provar que é verdadeira, mas não poem as plantas a fazer a
fotossíntese para a câmara porquê? Não, atiram-nas para os familiares ou para o
público. Se fosse eu, comprava uma estufa inteira só para as plantar lá no meio.
Ao contrário das medalhas, são matéria viva, merecem respeito!
Todavia,
tristemente, os Jogos estão a acabar. Desempenharam um bom papel como distração
para os homens que quase têm esgotamentos com o final da época de futebol.
Apenas acho que alguns desportos pudessem ser modificados. Principalmente a
modalidade de 3000m de obstáculos. Quem ouve ou lê um nomes destes e nunca viu
uma prova certamente esperaria mais que uns 100m de barreiras alargados em que
uma das barreiras está colocada antes de uma poça d’água. Eu esperava. Aqui vai
a minha proposta, então:
Começo dos
3000m com as barreiras, sim senhor, depois, ao chegar à barreira seguida de
água, esta estaria repleta de piranhas. Ao escapar às piranhas, fariam um desvio
da pista e passariam pelo terreno do lançamento do dardo onde escapariam aos
lançamentos dos adversários de outros países (uma boa forma de ir eliminando
alguns), retomando de seguida a pista e as barreiras. A meio do percurso desde
a fuga aos dardos até retornarem à barreira especial, estariam cerca de 5
metros de pista pavimentada com carvão a escaldar que os atletas teriam de
percorrer descalços. Voltando à barreira onde estavam as piranhas, agora
estaria uma variedade de peixes inofensivos e os atletas teriam de apanhar 5 destes
peixes com as próprias mãos e coloca-los num cesto para posterior pesagem. Se
ultrapassasse um determinado mínimo de peso, poderiam continuar pelo terreno
onde os lançadores de dardos foram substituídos por atletas de tiro ao alvo.
Passando as balas de borracha de volta à pista ser-lhes-ia dado a cada um uma
colher e um ovo para equilibrarem na boca até chegarem a ultima vez à barreira
especial, mas desta vez, teriam que a passar por baixo como no “limbo”. Uma
passagem incorrecta resultaria em desqualificação. Quem passasse, de seguida,
pelas praticantes de tiro com arco e terminasse em primeiro seria o medalhado
com ouro.
É apenas uma
sugestão para uns jogos olímpicos ainda mais interessantes. Não faltariam
pessoas para ver esta prova.
Por Hugo M. Félix
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